Mostrando postagens com marcador Colonização. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Colonização. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Abbey Road

Notem como um pedestre atravessando a famosa Abbey Road precisa esperar pouquíssimos segundos antes que os carros parem para ele poder atravessar a rua pela faixa de pedestres. E notem como ninguém atravessa a rua fora da faixa. Me pergunto porque as coisas são tão diferentes na Avenida Copacabana.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Brasil disparando na frente ?!

Pois é... Com a atual crise financeira (e talvez queda do império?) dos Estados Unidos, o mercado está mais do que nunca de portas abertas para economias emergentes. O Brasil, com suas riquezas naturais (como a segunda maior descoberta de bacias de petróleo e óleo nos últimos 20 anos, realizada na baixada santista e o potencial hidráulico da bacia amazônica, que começará a ser melhor utilizado em 2012, quando uma das maiores represas hidreelétricas do país entrará em funcionamento) e seu povo alegre e hospitaleiro (pra não mencionar o turismo sexual, mais famoso ao redor do mundo que nossos jogadores futebolescos) é um candidato à altura para competir com outras potências emergentes como a China e a Índia. Mas quem diria que iríamos disparar na frente de tal corrida ? Do ano de 2006 para 2007 o índice da Bovespa teve um aumento surpreendente de 71%, disparando na frente de Índia. E tudo isso acontecendo enquanto a economia americana despencava vertiginosamente em direção ao térreo. Eis alguns exemplos de números animadores:

102 bilhões de dólares: Comércio entre Brasil e China em 2007.
46%: Aumento percentual do comércio entre Brasil e China de 2006 para 2007.
20% e caindo: Fatia das exportações do Brasil, Argentina, Chile e Peru reservadas ao Tio Sam (EUA).

Veja o que os gringos estão comentando sobre a recente emergência do nosso mercado !

É... O planeta Terra e o Greepeace agradecem a queda do imperialismo norte-americano. Resta a nós, brasileiros, sabedoria para administrarmos com responsabilidade todo esse novo poder econômico e não acabarmos com uma parcela significativa dos recursos naturais que ainda restam à nossa Mãe Gaia.

"Verais que um filho teu não foge à luta..."

E depois de tais boas notícias, um videozinho para nos lembrar dos perigos que a raça humana já enfrentou e dos que nos aguardam conforme mergulhamos de cabeça no século XXI...






It´s Evolution Babe !!!


sábado, 3 de maio de 2008

Sinais de Fumaça

O velho Muriqui-Sentado colhia algumas ervas para seu ritual noturno. Havia passado o dia inteiro colhendo gravetos e folhas secas para sua fogueira e agora procurava ervas frescas para mascar. Um hábito ruminante que Muriqui Sentado sabia estar ameaçado de extinção pela invasão da terra de seus ancestrais pelos homens-arroz. Embustecido por tais pensamentos, o velho xamã indígena introduziu algumas folhas em sua boca e dirigiu-se em direção à colina de Itatinga.
Daquela visão privilegiada Muriqui Sentado teve uma apreciação com uma abrangente perspectiva de sua tribo. Viu o sangue de seus filhos correndo pelo chão, manchando a sua virgem terra. Viu as mulheres dos seus filhos e suas filhas serem estupradas. Viu os frutos de tais violências contra o seu povo correndo pelos tristes, cinzas e desfloridos campos, outrora risonhos, lindos e floris. Notou como tais netos ja traziam em suas veias o sangue dos homens-arroz.
O que Muriqui-Sentado não via eram espíritos-feijões como ele. Sabia que existiam poucos como ele encarnados em sua tribo e menos ainda encarnados entre a tribo dos homens-arroz. Não obstante, Muriqui-Sentado não desistiria de tentar se comunicar com uma alma semelhante. Precisavam se reunirem urgentemente para planejarem o futuro. Antes de mais nada, teriam que dar um jeito de sobreviverem às espessas trevas que cobririam sua tribo nas próximas luas, nas próximas gerações, nas próximas eras.
Acendeu seu cachimbo com um graveto flamejante e assistiu a fumaça que sua velha boca soltava se misturar à fumaça da fogueira que tentava em vão uma comunicação com alguém com quem poderia compartilhar seus temores, seus receios, anseios e esperanças. Em vão desde que Muriqui-Sentado fugiu de seu povo invadido e se escondeu nas ainda virgens selvas que cercavam sua tribo até aquele momento em que observava uma branca fumaça vindo de uma clareira longe no horizonte, longe das instalações dos homens-arroz. O mundo se turvou ao redor de Muriqui-Sentado e seus olhos marejados quando ele iniciou sua cautelosa e ansiosa viagem em direção ao seu futuro...