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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sermão do Barranco

Bem-aventurado os pobres de espírito crítico, pois a eles pertence o doce reino da alienação.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A Seta Dourada

No ano de 1984 imaginado por George Orwell em seu romance "1984", os cidadões das nações eram escravizados pelo sistema através de uma política de guerra entre superpotências. Todo sofrimento causado por longas jornadas de trabalho com escassos benefícios e qualidade de vida era ofuscado pelo medo e ódio gerados pela guerra mundial constante. No mundo real de 2008, todo o sofrimento infringido ao planeta e seus habitantes é anestesiado por uma epidemia contagiosa de consumismo desenfreado. Com o final da Segunda Gerra Mundial, os "Big Brothers" da vida real bolaram uma estratégica diferente do Big Brother do romance de Orwell, porém com a mesma eficiência em realizar lavagem cerebral em seus escravos ao ponto de eles mesmos contribuírem para manterem o sistema vivo. Ao menos até que uma anomalia prejudique o sistema o suficiente para permitir que novos sistemas, mais eficientes e menos agressivos para o cidadão e o planeta, se desenvolvam ou então um colapso ecológico leve a raça humana à extinção...



quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A Máscara Caida

São nos momentos de necessidade que as pessoas têm a chance de mostrarem verdadeiramente o seu caráter. Algumas mantém a imagem que pintam de si mesmas, outros revelam quem na realidade são. Resta-nos nos afastarmos daquelas cujas máscaras caídas escondiam grotescas feições e reforçarmos a confiança nas máscaras ainda firmes em seus lugares, com a esperança de que escondam por detrás delas um brilhante e salutar feixa de luz ao invés de famintas e vorazes trevas...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ondas eletromagnéticas assassinas ?!

E aí ? Já sabemos que um celular não pode substituir um microondas antes da sessão de cinema em casa. A pergunta que não quer calar agora é: ele será um eficiente catalisador de células cancerígenas cerebrais ? Uma discussão acirrada está sendo travada na comunidade científica sobre o polêmico tema. Enquanto isso, eu aconselharia a alguém que não quer apostar suas fichas em assuntos delicados envolvendo o lucro de grandes multinacionais e a cancerígena economia capitalista de acúmulo de capitais e estimuladora insana do consumo desenfreado e descartável a adquirir um bom e eficiente headset bluetooth para seus celulares e a manter seus respectivos aparelhos polêmicos uma distância segura de seus sistemas nervosos (lembrem-se: a intensidade de ondas eletromagnéticas esféricas decaem com o inverso do quadrado da distância de suas fontes, ou seja, ao dobrarmos o afastamento, diminuimos por um fator de 4 o perigo, ao triplicarmos o fator se torna 9, e assim por diante...).

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O Papel do Espírito Criador

A felicidade, os momentos felizes, os prazeres que motivam as ações dos seres vivos, em particular do homem, são, em sua essência, algo passageiro, fugaz e subjetivo. Recompensas biológicas frutos de uma complexa conexão entre o ambiente e o indivíduo. O que para um indivíduo se torna algo essencial, algo que ele deve concentrar todas as suas forças em obter, traz pra ele um prazer intenso ao ser obtido. Ao mesmo tempo, para um segundo indivíduo tal conquista pode ser algo a ser encarado de maneira completamente indiferente. Suas motivações são outras. Tal sistema complexo de aspirações e recompensas torna possível a incrível diversidade e complexidade que encontramos nas atividades humanas.

Talvez por motivos evolutivos, o ser humano nunca encontra a satisfação plena de seus desejos. O circuito de recompensa que se forma em seu cérebro se deteriora com o tempo, fazendo com que a mesma atividade proporcione um prazer menor no dia seguinte. Tal fenômeno faz com que o ser humano tenha uma propensão natural à auto-superação, uma vez que, numa posição mais elevada, ele terá acesso a prazeres "maiores".

Podemos ter uma idéia melhor sobre tal processo analisando o estereótipo do "capitalista selvagem". Em seu subconsciente, ou mesmo no consciente, o capitalista sabe que um acúmulo maior de capital o trará, a princípio, prazeres mais intensos. A constante busca por capital é consequência do seu padrão de conforto e prazeres sempre crescentes. Como uma célula cancerígena se multiplicando indefinidamente e exigindo uma irrigação sanguínea cada vez maior, o capitalista não mede esforços para arrancar e dominar o capital alheio, aumentando a sua fonte de prazeres e, consequentemente, diminuindo a de outrem.

Por outro lado, existe uma alternativa ao imperativo pirata "Matar e pilhar". O indivíduo "criador" obtém sua recompensa de fontes internas ao invés de externas. No ato de criar ele, além da satisfação da criação em si obtém, como bônus, o prazer de estar contribuindo com algo para o resto do mundo. Enquanto o "capitalista selvagem" seca a fonte exterior, o "criador" a alimenta com suas atividades. Sob esse ponto de vista fica clara a importância do espírito criativo para a manutenção da sociedade. Uma sociedade que possuísse apenas espíritos cancerígenos ruiria rapidamente sob a tensão causada pelo acúmulo crescente de capitais.

Algumas perguntas merecem nossa atenção neste ponto. Como surge o espírito criativo ? Como estimular o processo criativo ? É possível transformar um espírito cancerígeno num espírito criador ?

Não responderei tais perguntas. Me limitarei a convidar o leitor a refletir sobre a natureza do fenômeno da criação. Ela não possui como alvo único a música, pintura, escultura, literatura, enfim, a arte em geral. O espírito criativo está presente também no surgimento de uma boa amizade, na educação consciente e preocupada de um filho, na manutenção de uma conversa produtiva, nas ações de um cidadão consciente e preocupado, enfim, em todas as atividades humanas que sejam uma fonte, tanto interna quanto externa, de prazer e satisfação. A cura para o câncer da humanidade depende fortemente da disseminação de tais atitudes criadoras pelo globo, tanto nas regiões possuidoras de tumores quanto naquelas possuidoras de sequíssimas fontes, que se alastram num ritmo mais avassalador que as cancerígenas.





I can´t get no satisfaction

(m. jagger/k. richards)

I can't get no satisfaction
I can't get no satisfaction
'cause i try and i try and i try and i try
I can't get no, i can't get no

When i'm drivin' in my car
And that man comes on the radio
He's tellin' me more and more
About some useless information
Supposed to fire my imagination
I can't get no, oh no no no
Hey hey hey, that's what i say

I can't get no satisfaction
I can't get no satisfaction
'cause i try and i try and i try and i try
I can't get no, i can't get no

When i'm watchin' my tv
And that man comes on to tell me
How white my shirts can be
But he can't be a man 'cause he doesn't smoke
The same cigarrettes as me
I can't get no, oh no no no
Hey hey hey, that's what i say

I can't get no satisfaction
I can't get no girl reaction
'cause i try and i try and i try and i try
I can't get no, i can't get no

When i'm ridin' round the world
And i'm doin' this and i'm signing that
And i'm tryin' to make some girl
Who tells me baby better come back later next week
'cause you see i'm on losing streak
I can't get no, oh no no no
Hey hey hey, that's what i say

I can't get no, i can't get no
I can't get no satisfaction
No satisfaction, no satisfaction, no satisfaction

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Auto Ajuda

Ele não queria ver ninguém. Não queria falar com ninguém. E, sobretudo, não queria que ninguém viesse falar com ele. Se afundar num poço de autopiedade, essa era a única vontade dele.

Ligou para os amigos e disse que ia poder jogar pelada hoje, teria que ficar com a namorada. Ligou para a namorada e disse que não poderia vê-la, tinha que estudar. Disse para os pais que não se sentia bem e pediu que ninguém o incomodasse. Se fechou no quarto, trancou os livros no ármario e mergulhou num profundo ostracismo.

Ei cara, sai dessa. Vamos jogar uma peladinha, nos distrair um pouco.

Não, não quero.

Liga pra Helena então, ela vai te fazer ficar melhor.

Não enche ! Me deixa em paz.

É, ele tá mal cara. Ta afundando na areia movediça. Tenta você alguma coisa.

E aí cara, o que tá rolando ?

Você sabe o que tá rolando.

Eu sei, mas você sabe ?

Eu falhei porra ! Sou um inútil.

Você não é um inútil, você sabe disso.

Correção: Até ontem eu não era um inútil, ou ao menos eu achava que não era. Mas as coisas mudaram.

Ah é ? Mudaram é ? Por quê ?

Já disse porra ! Eu falhei.

Você tropeçou num obstáculo, isso é verdade. Meteu a cara no chão, deu uma topada numa maldita pedra Drummoniana. Mas corredores não deixam de serem corredores ao levarem um tombinho.

Corredores não deveriam tropeçar e cair.

É aí que você se engana ! Corredores trompeçam sim. Aliás, precisam tropeçar. Precisam conhecer seus limites, suas habilidades, suas qualidades e defeitos, enfim, suas limitações. Apenas assim podem elaborar um programa de treinamento cada vez mais eficiente, de maneira a superarem os obstáculos antes intransponíveis.

Talvez todo mundo esteja certo, talvez eu não sirva para correr. Talvez eu deva me contentar a caminhar o resto da vida, e ser feliz assim.

Pode ser, mas eu duvido. O seu sonho desde sempre foi correr. Como você espera ser feliz sem perseguir o seu sonho ?

E se esse sonho for uma idiotice ?

Você acha isso porque ainda tá com os ferimentos abertos. Todo mundo que corre atrás de um sonho está destinado a cair uma vez ou outra. Se sonhos fossem algo simples de serem alcançados não se chamariam sonhos, e sim meras vontades. Tentativa e erro meu caro. Não subestime o poder da tentativa seguida do erro seguida de uma nova tentativa. Isso é puro Darwinismo, se você pensar bem.

Não sei. Antigamente eu tinha muita fé na minha capacidade de alcançar meus sonhos. Mas hoje, hoje eu sinto o peso do mundo nas minhas costas. Sinto minhas forças se esvaindo.

Cara, quando você visualiza um sonho, você dificilmente se imagina caindo no meio do caminho. Você sempre imagina cada vitória, cada conquista, e esquece que numa guerra existem muitas derrotas também. É por meio das derrotas que nos tornamos mais fortes, pois são as derrotas que nos forçam a nos superarmos. Se você não caísse nenhuma vez em sua busca pelo sonho, tal sonho não teria tanto valor assim.

É... acho que isso até faz sentido.

Claro que faz ! Tudo o que você precisa agora é calma e treino para superar esse obstáculo que te derrubou. Não vai ser fácil, nem tampouco impossível. Superar a si mesmo é a constante sina do ser humano. Você não está sozinho neste barco.

Okay. Farei isso. Mas hoje eu preciso de um tempo isolado do mundo. Sabe, para me recuperar.

Agora que você parou de se automutilar creio que esse tempo lhe será útil. Deite, descanse, planeje, mas nada de cavar pra baixo. Quanto mais você cava, mais alto o obstáculo se torna e mais difícil será escalá-lo.

Pode deixar. Obrigado cara, você realmente me ajudou.

Conhece-te a ti mesmo meu caro. Lembre-se: uma vida sem derrotas é puro tédio e estagnação. Se você almeja voar alto, precisa estar preparado para eventuais tombinhos. Se você parar para pensar bem você vai concordar que voar sem cair, amar sem sofrer, viver sem lutar, tudo isso são puros exercícios de futilidade. Não te levam a lugar nenhum que você não esteve antes.


Depois de alguns minutos, ele dormia em paz em sua cama. Não se orgulhava de sua queda, mas não se sentia tão mal como antes. Tinha decidido lutar com todas as suas forças para se autosuperar. Seu sonho ainda estava lá, bem em cima dele, e algum dia ela alçaria vôo e o alcançaria. Mas, pela primeira vez depois de muito tempo, ele não estava mais com tanta pressa. Decidiu que iria, ao invés, curtir um pouco o caminho até lá, e até mesmo os tombos que ainda o esperavam.

Nossa cara, mandou bem hein ? Conseguiu animar o cara.

Pois é. Nada como um batepapo consigo mesmo para nos ajudar a enxergar através da neblina do fracasso.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Meio Período

Mais um dia, mais uma luta. Carlos estava ainda dormindo enquanto esperava o elevador chegar ao seu andar. Se pegou pensando novamente nas frases que já estava cansado de ouvir: "Deixa de ser vagabundo. Você é um irresponsável, acordando todo dia meio-dia. Você não tá com a vida ganha, tá ? ". Nessas horas, Carlos pensava nas tartarugas e em suas vidas longas, graças à sua mania de cuidar da própria vida e deixar que os outros façam o mesmo. Quanta coisa ainda o ser humano teria que aprender com o mundo que o cerca...

- Boa tarde - Carlos saudou as pessoas que enchiam o elevador.
- Boa tarde - As pessoas que enchiam o elevador o saudaram de volta, com exceção de um senhor baixinho com um índice de massa corpórea um pouco acima do "normal", ou seja, acima de 25.
- Boa tarde não, não almocei ainda. Bom dia ! - respondeu o senhor baixinho com índice de massa corpórea igual a 28, vestindo um sorriso zombeteiro em seu rosto.
- Verdade né ? - riu Carlos
- Tem dias que eu nem trago marmita. Sabe como é, pessoas como a gente não podem comer muito não. Ai o dia demora a passar, só chega a tarde as 18 horas, quando chego em casa e almoço.
- O bom disso é que o senhor trabalha apenas meio período nesses dias. - Carlos acrescentou com uma seriedade disfarçada.

À chegada ao térreo do elevador, Carlos e o porteiro do prédio que trabalhava apenas meio-período se despediram com um "Tenha um bom dia / Você também." Memórias da infância de Carlos o invadiram, frases como "Uso meu senso de humor como proteção, válvula de escape, como anestésico para as adversidades da vida..." vieram à tona. Num suspiro de compreensão, Carlos confessou a si mesmo:

-É, funciona mesmo!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Aviso materno

Se você estragar sua vida, vai estragar a minha por tabela.





É a vida, é bonita, é bonita...

Viver é a coisa mais difícil que já fiz.

Certeza !

Amém !

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna, Krishna, Hare, Hare. Hare Rama, Hare Rama, Rama, Rama, Hare, Hare...

Estou aqui desde o início. Bom, desde um início em particular, o nosso. A ignorância da célula não muda o fato dela ser parte integrante do organismo. Claro, a perspectiva do organismo é incomparável com a perspectiva celular, mas este é um detalhe óbvio e irrelevante para mim, e espero que seja para você também.
À sua imagem e semelhança fui criado, apesar de suas frequentes inversões de causa e efeito.
Bom, cá estou, cá estamos, e não estou muito satisfeito com o que tenho visto até agora.

Não, não me interpretem mal. Vocês fizeram excelentes coisas de dez mil anos pra cá. Alguns grupos isolados mais do que outros, devo admitir. Estou atté agora embasbacado com o que aqueles quatro garotos de Liverpool fizeram. Aquele mal humorado do Fred também superou minhas expectativas. Mas, convenhamos, ainda nem chegamos à metade do caminho. Me pego às vezes um tanto desapontado, ou talvez deveria dizer impaciente. Minha visão onisciente é hipermétrofe. Fico de olho no futuro e passado, e desfoco o presente. Mas sempre me lembro a tempo da tática: passinhos de bebês, passinhos de bebê... Savy ?

Mas isso era tudo o que eu tinha a dizer por ora. Vou-me, estou atrasado para a minha aula de dança. Bye, bye my loves... Yaarrrr...



You tell me that you've got everything you want
And your bird can sing
But you don't get me, you don't get me

You say you've seen seven wonders and your bird is green
But you can't see me, you can't see me

When your prized possessions start to wear you down
Look in my direction, I'll be round, I'll be round


When your bird is broken will it bring you down
You may be awoken, I'll be round, I'll be round

You tell me that you've heard every sound there is
And your bird can swim
But you can't hear me, you can't hear me