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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cosmos

"Cannabis brings us an awareness that we spend a lifetime being trained to overlook and forget and put out of our minds. A sense of what the world is really like can be maddening; cannabis has brought me some feelings for what it is like to be crazy, and how we use that word 'crazy' to avoid thinking about things that are too painful for us. In the Soviet Union political dissidents are routinely placed in insane asylums. The same kind of thing, a little more subtle perhaps, occurs here: 'did you hear what Lenny Bruce said yesterday? He must be crazy.' When high on cannabis I discovered that there's somebody inside in those people we call mad." - Carl Sagan

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

“Essa juventude tem que parar de só ficar pendurada na internet. Tem que assistir mais rádio e televisão”

A massificação e lavagem cerebral do povo rola porque é muito cômodo para ele sentar na poltrona e deixar que o tubo de raios catóditos deposite todas as suas opiniões muito bem formadas, claras, objetivas e absolutas. Espirito critico dá muito trabalho.

Mas quando a juventude começa a passar muito tempo em contato com um meio que te dá a oportunidade de buscar informações em todo o canto e, quem sabe, exercer um julgamento crítico baseado em diferentes fontes para desenvolver uma opinião autêntica sobre os assuntos que o cercam, os "powers that be" tremem perante a idéia de suas ovelhinhas pularem a cerca e fazer tremer a base do seu império escravizador de mentes.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A Fênix Agonizante

Agora estava fora de suas mãos. O pontapé inicial havia sido dado, agora era com as leis da física. Toda sua trajetória futura até alcançar seu tão sonhado objetivo já havia sido terminada restando a ele apenas sentar e esperar as consequência da cadeia de eventos desencadeada. Seria uma mudança brusca em sua vida, um renovação, um renascimento a partir das cinzas provenientes da combustão espontânea do cadáver de uma Fênix (scientific link: Recent mitocondrial DNA Phoenix Renaissencis research had accomplished major leads in the war against the world energetic crisis).

Ah... a serenidade da espera pela morte e a certeza, comprovada empiricamente, da vida pós-morte, renovada, evoluída. Conjunto intersecção dos conjuntos das emoções daqueles que esperam o clímax de um elaborado plano e os múltiplos orgasmos que precedem o êxtase da conquista e a terminal ave mitológica que agoniza, em acelerada nutação, em direção a mais uma completa revolução ao redor do ciclo da vida.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Auto Ajuda

Ele não queria ver ninguém. Não queria falar com ninguém. E, sobretudo, não queria que ninguém viesse falar com ele. Se afundar num poço de autopiedade, essa era a única vontade dele.

Ligou para os amigos e disse que ia poder jogar pelada hoje, teria que ficar com a namorada. Ligou para a namorada e disse que não poderia vê-la, tinha que estudar. Disse para os pais que não se sentia bem e pediu que ninguém o incomodasse. Se fechou no quarto, trancou os livros no ármario e mergulhou num profundo ostracismo.

Ei cara, sai dessa. Vamos jogar uma peladinha, nos distrair um pouco.

Não, não quero.

Liga pra Helena então, ela vai te fazer ficar melhor.

Não enche ! Me deixa em paz.

É, ele tá mal cara. Ta afundando na areia movediça. Tenta você alguma coisa.

E aí cara, o que tá rolando ?

Você sabe o que tá rolando.

Eu sei, mas você sabe ?

Eu falhei porra ! Sou um inútil.

Você não é um inútil, você sabe disso.

Correção: Até ontem eu não era um inútil, ou ao menos eu achava que não era. Mas as coisas mudaram.

Ah é ? Mudaram é ? Por quê ?

Já disse porra ! Eu falhei.

Você tropeçou num obstáculo, isso é verdade. Meteu a cara no chão, deu uma topada numa maldita pedra Drummoniana. Mas corredores não deixam de serem corredores ao levarem um tombinho.

Corredores não deveriam tropeçar e cair.

É aí que você se engana ! Corredores trompeçam sim. Aliás, precisam tropeçar. Precisam conhecer seus limites, suas habilidades, suas qualidades e defeitos, enfim, suas limitações. Apenas assim podem elaborar um programa de treinamento cada vez mais eficiente, de maneira a superarem os obstáculos antes intransponíveis.

Talvez todo mundo esteja certo, talvez eu não sirva para correr. Talvez eu deva me contentar a caminhar o resto da vida, e ser feliz assim.

Pode ser, mas eu duvido. O seu sonho desde sempre foi correr. Como você espera ser feliz sem perseguir o seu sonho ?

E se esse sonho for uma idiotice ?

Você acha isso porque ainda tá com os ferimentos abertos. Todo mundo que corre atrás de um sonho está destinado a cair uma vez ou outra. Se sonhos fossem algo simples de serem alcançados não se chamariam sonhos, e sim meras vontades. Tentativa e erro meu caro. Não subestime o poder da tentativa seguida do erro seguida de uma nova tentativa. Isso é puro Darwinismo, se você pensar bem.

Não sei. Antigamente eu tinha muita fé na minha capacidade de alcançar meus sonhos. Mas hoje, hoje eu sinto o peso do mundo nas minhas costas. Sinto minhas forças se esvaindo.

Cara, quando você visualiza um sonho, você dificilmente se imagina caindo no meio do caminho. Você sempre imagina cada vitória, cada conquista, e esquece que numa guerra existem muitas derrotas também. É por meio das derrotas que nos tornamos mais fortes, pois são as derrotas que nos forçam a nos superarmos. Se você não caísse nenhuma vez em sua busca pelo sonho, tal sonho não teria tanto valor assim.

É... acho que isso até faz sentido.

Claro que faz ! Tudo o que você precisa agora é calma e treino para superar esse obstáculo que te derrubou. Não vai ser fácil, nem tampouco impossível. Superar a si mesmo é a constante sina do ser humano. Você não está sozinho neste barco.

Okay. Farei isso. Mas hoje eu preciso de um tempo isolado do mundo. Sabe, para me recuperar.

Agora que você parou de se automutilar creio que esse tempo lhe será útil. Deite, descanse, planeje, mas nada de cavar pra baixo. Quanto mais você cava, mais alto o obstáculo se torna e mais difícil será escalá-lo.

Pode deixar. Obrigado cara, você realmente me ajudou.

Conhece-te a ti mesmo meu caro. Lembre-se: uma vida sem derrotas é puro tédio e estagnação. Se você almeja voar alto, precisa estar preparado para eventuais tombinhos. Se você parar para pensar bem você vai concordar que voar sem cair, amar sem sofrer, viver sem lutar, tudo isso são puros exercícios de futilidade. Não te levam a lugar nenhum que você não esteve antes.


Depois de alguns minutos, ele dormia em paz em sua cama. Não se orgulhava de sua queda, mas não se sentia tão mal como antes. Tinha decidido lutar com todas as suas forças para se autosuperar. Seu sonho ainda estava lá, bem em cima dele, e algum dia ela alçaria vôo e o alcançaria. Mas, pela primeira vez depois de muito tempo, ele não estava mais com tanta pressa. Decidiu que iria, ao invés, curtir um pouco o caminho até lá, e até mesmo os tombos que ainda o esperavam.

Nossa cara, mandou bem hein ? Conseguiu animar o cara.

Pois é. Nada como um batepapo consigo mesmo para nos ajudar a enxergar através da neblina do fracasso.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Meio Período

Mais um dia, mais uma luta. Carlos estava ainda dormindo enquanto esperava o elevador chegar ao seu andar. Se pegou pensando novamente nas frases que já estava cansado de ouvir: "Deixa de ser vagabundo. Você é um irresponsável, acordando todo dia meio-dia. Você não tá com a vida ganha, tá ? ". Nessas horas, Carlos pensava nas tartarugas e em suas vidas longas, graças à sua mania de cuidar da própria vida e deixar que os outros façam o mesmo. Quanta coisa ainda o ser humano teria que aprender com o mundo que o cerca...

- Boa tarde - Carlos saudou as pessoas que enchiam o elevador.
- Boa tarde - As pessoas que enchiam o elevador o saudaram de volta, com exceção de um senhor baixinho com um índice de massa corpórea um pouco acima do "normal", ou seja, acima de 25.
- Boa tarde não, não almocei ainda. Bom dia ! - respondeu o senhor baixinho com índice de massa corpórea igual a 28, vestindo um sorriso zombeteiro em seu rosto.
- Verdade né ? - riu Carlos
- Tem dias que eu nem trago marmita. Sabe como é, pessoas como a gente não podem comer muito não. Ai o dia demora a passar, só chega a tarde as 18 horas, quando chego em casa e almoço.
- O bom disso é que o senhor trabalha apenas meio período nesses dias. - Carlos acrescentou com uma seriedade disfarçada.

À chegada ao térreo do elevador, Carlos e o porteiro do prédio que trabalhava apenas meio-período se despediram com um "Tenha um bom dia / Você também." Memórias da infância de Carlos o invadiram, frases como "Uso meu senso de humor como proteção, válvula de escape, como anestésico para as adversidades da vida..." vieram à tona. Num suspiro de compreensão, Carlos confessou a si mesmo:

-É, funciona mesmo!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Epifania

Não conheço uma mina gostosa que não seja boa.