domingo, 7 de dezembro de 2008

Lobotomizado

O que é a metade ?
Um cópia perfeita ?
Da mesma idade ?
Ou alguém que te completa, 
alguém que te transforma ?

Uma imitação desajustada, 
Um complemento atualizado
Um cópia imperfeita
Um rascunho implementado. 

Quando o prendes, te limita
Quando o sentes, aprisiona-o
Porém se dele te apartares, 
Para o cárcere retornarás

Pois separado do complementar, 
a metade perecerás. 
Em uma agonia paralisante, 
até a metade retornar.

Um comentário:

Perséfone disse...

Eu amei este poema. Escrevo outro, para movimentar o diálogo dos nossos corações:

EM RESPOSTA


Cultuo você em um altar erigido em sua homenagem
Levo flores, doces e toda forma de oferenda
Levo a mim mesma num culto asteca
Levo o meu coração vivo e pulsando pra você devorar
E entrego-me
ENTREGO-ME
Entrego-me, o meu sangue e minha saliva em sacrifício


Isto ocorre externamente
Pois sinto uma imensa necessidade de externalizar o que sinto
Pois tudo ocorre mais verdadeiramente no meu mundo interno
Subjetivo
E lá só amor cresce
Cresce como num jardim secreto
Serena, calma e vagarosamente
Docemente sementes crescem em meu mundo interno
E apesar da aparente essência dionisíaca de meus sentimentos
Você representa Apolo em meu coração
E aprendo a amar mais que só desejar